terça-feira, 13 de maio de 2008

Pobreza e Direitos Humanos




Dos Gestos Solidários às políticas Nacionais
Reunião dia 31 de Maio de 2008, pelas 14,30
Biblioteca Covilhã Municipal da Covilhã




Programa


14h30 - Recepção aos Participantes
15h00 - Início dos Trabalhos
15h15 - Painel I - Tópicos para um retrato da pobreza em Portugal: Situações e mecanismos geradores
• Eduarda Ribeiro - Secretária da CNJP
15h45 - Painel II - Três frentes no combate à pobreza: desafios e proposta de acção
• Manuela Silva - Presidente da CNJP
16h15 - Painel III - Do Próximo ao Próximo: Constatações e Desafios
• Paulo Neves - Secretário da Caritas Diocesana da Guarda
16h45 - Intervalo
17h00 - Debate
18h30 - Encerramento





Reflexão
Falar de pobreza e de direitos humanos numa sociedade globalizada, é hoje
Um desafio para homens e mulheres de boa vontade, especialmente para
quantos se afirmam cristãos.
A pobreza não diminuiu apesar dos compromissos assumidos pelos líderes
Mundiais nos últimos anos. Pelo contrário, segundo os últimos relatórios,
aumentou em várias regiões. O capital move-se mais depressa do que há
dois séculos atrás, mas os trabalhadores não. Estes são forçados a competir
numa corrida com as piores condições, enquanto os governos,desesperados
por investimentos, competem para oferecer mais concessões e benefícios
fiscais.
Regras desiguais geram resultados desiguais. As estatísticas apontam em
Portugal para uma percentagem de população em situação de pobreza que
se aproxima dos 20%, dos quais uma elevada percentagem são pessoas
que trabalham e têm emprego!
Como encarar esta realidade?
Quais são hoje os rostos da pobreza e da exclusão social no nosso país?
Quando é que uma pessoa ou uma família é considerada em situação de
pobreza? Se a pobreza e exclusão social podem não ser a mesma coisa, o
que separa as duas situações?
Se não podemos ignorar o muito que já se faz, como olhar para o quanto
falta fazer no combate à pobreza e exclusão social? Em que sentido vão as
políticas nacionais? E nesse combate, que gestos solidários podem ser a
nossa quota-parte?
Baseando-se em vários ‘estudos de casos’, vários autores, concluem que os
países com melhor distribuição de rendimento, crescem mais rapidamente e
por períodos mais longos. E as suas populações têm acesso mais fácil aos
factores de produção, como equipamentos, empréstimos, tecnologia, etc.,
do qual resulta uma produtividade mais elevada.
É importante, então, analisar, debater e tentar compreender quais os
diferentes olhares da pobreza e da exclusão social, nomeadamente porquê
considerar estes problemas do nosso tempo como uma questão de direitos
humanos?


Falar de pobreza e de direitos humanos numa sociedade globalizada, é hoje
Um desafio para homens e mulheres de boa vontade, especialmente para
quantos se afirmam cristãos.
As estatísticas apontam em Portugal para uma percentagem de população
em situação de pobreza que se aproxima dos 20%, dos quais uma elevada
percentagem são pessoas que trabalham e têm emprego!



segunda-feira, 5 de maio de 2008

NOTÍCIAS DE PENICHE




A Junta de freguesia de S.Pedro, Peniche e um grupo de cidadãos emergentes da sociedade civil organiza “A semana da Comunidade Chinesa”,de 9 a 18 de Maio, no Pólo Universitário do IPL, Remédios ,Peniche.
Esta iniciativa tem como objectivo principal desenvolver o conhecimento mutuo entre dois povos que apesar de separados pelas distâncias geográficas e culturais conseguiram ao longo dos séculos conviver na tolerância, no diálogo e no respeito .
A China está a despertar definitivamente para novos papeis na Sociedade Global e prepara-se para ocupar lugar no podium dos países do Mundo após longa marcha no isolacionismo. Uma nova imagem está a surgir e vai ser reforçada pela organização dos Jogos Olímpicos que se realizam em Pequim.
Aguarda-se uma China moderna, tecnológica, laboriosa, rigorosa mas também aberta para receber novas ideias e iniciativas fruto de uma aproximação civilizacional geradora de um aprofundamento da democracia nos seus diversos aspectos.
Para esse aprofundamento contribuirão também todos os chineses que se encontram disseminados por todos os continentes e em todos os países incluindo o nosso.
“A semana da Comunidade chinesa “,pretende contribuir para a aproximação dos trabalhadores, dos empresários e dos artistas apresentando logo no dia 9 de Maio pelas 21.30 horas ,no Auditório do IPL, um debate sobre a Comunidade em Portugal, com a presença de sua Ex.ª o ministro Vieira da Silva acompanhado do director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (Gonçalo Rodrigues);do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, Miguel Santos Neves e representantes do Jornal Tonxim e da comunidade chinesa .
No dia 10 de Maio vamos entrar na história, nas ideias e na história das ideias com o debate sobre “O Movimento Maoista em Portugal”.Contamos com os testemunhos da eurodeputada Ana Gomes, de Saldanha Sanches e do Major Tomé .
No período entre 9 e 18 de Maio nas instalações do IPL ,situado Rua Irmã Mª da Glória Pacheco, Remédios, Peniche, encontram-se duas exposições patentes ao público . A primeira sobre Macau e a China, gentilmente disponibilizada para Peniche pela Fundação Oriente e a segunda ,uma exposição fotográfica sobre os “novos olhares sobre a China” de autoria Raquel Monteiro e Daniel Maia.
A semana da Comunidade Chinesa encerra do dia 18 com um debate sobre as ” Relações económicas entre Portugal e a China”.A discussão pretende abrir novos caminhos para todos os que anseiam por compreender o desenvolvimento e empreender novas oportunidades de negócio. A presença de sua Ex.ª o Ministro da Economia Manuel Pinho; do ex-candidato à presidência da República e ex. ministro, Basílio Horta, representando a AICEP; do representante da Câmara de Comércio Luso-Chinesa, Fernando Ilhéu; e finalmente o deputado e empresário Henrique Neto ; são motivos suficientes para um debate aliciante que colocará todos os presentes na vanguarda dos conhecimentos e das oportunidades que se antevêem na grande nação oriental .

domingo, 4 de maio de 2008

Encontros de Utopia

Flexisegurança ou Flexisolidariedade ?
Novos desafios nas relações laborais



Este foi o título da conferência realizada no sábado, dia 29 de Março, na sala de sessões do Grupo Desportivo da Mata, na Covilhã, e que teve como oradores convidados João Lourenço, membro da Comissão Executiva da CGTP, Vítor Coelho, da Comissão Permanente da UGT e Carlos Mendes, empresário e autarca da freguesia do Teixoso.

Quais são os prós e os contras para trabalhadores, empresas e sociedade se o nosso país adoptar esse modelo designado de flexisegurança nas relações laborais? Estando o Governo português a preparar legislação que visa introduzir na revisão do Código Laboral esse conceito da flexisegurança, como devemos encarar essas mudanças nas relações laborais?
Encontrar resposta para estas interrogações, era o objectivo desta iniciativa inserida nos Encontros de Utopia e promovida pela Base - Frente Unitária de Trabalhadores e LOC/ Movimento de Trabalhadores Cristãos.

Sendo a realidade portuguesa tão diferente da sociedade da Dinamarca (na qual esse modelo se inspira), qualquer adaptação ao nosso país tem, forçosamente, de respeitar a nossa realidade laboral, social, cultural e política. Esta foi uma conclusão das intervenções dos oradores e do debate que se seguiu com a participação de duas dezenas de intervenientes.
Com efeito, se não podemos ignorar as consequências da globalização e do comércio internacional, também não podemos aceitar um regime de liberalização dos despedimentos e dos horários de trabalho. A promessa de que, depois, seria sempre mais fácil encontrar emprego que confiança pode inspirar na realidade portuguesa, com a cultura empresarial dominante?
Por outro lado, se os cofres do Estado português não podem ter comparação com o Orçamento de Estado da Dinamarca, também não é possível confiar nessa “maior e melhor protecção no desemprego e na facilidade de encontrar um novo posto de trabalho”.

José Manuel Duarte


quinta-feira, 24 de abril de 2008

CEN Reuniu em Lisboa

A CEN reuniu em Lisboa no dia 19 de Abril
e emitiu o seguinte comunicado de cinco pontos.

Comunicado
A CEN, tendo em conta a sua análise social e política efectuada na reunião de 19 de Abril, em Lisboa, e querendo partilhar com outras pessoas alguns aspectos da mesma, vem manifestar:

1.Preocupação pelo aprofundamento da crise económica internacional e nacional que mais uma ves castiga os mais pobres, em particular as mulheres crianças.Especialmente preocupantes são as subidas criminosas dos preços dos cereais nos mercados e em especial a subida dos preços dos bens alimentares essenciais.
A subida da inflação está a castigar severamente as pessoas que vivem de rendimentos salariais.A não correcção salarial vai aprofundar a pobreza e a desigualdade na distribuição da riqueza nacional.

2.Satisfação pelo entendimento, embora não plenamente satisfatório,entre o Ministério da Educação e os sindicatos dos professores.
O entendimento era necessário num sector estratégico para o País como é a educação.Os professores foram efectivamente maltratados, inclusive na sua diginidade profissional.
Nas lutas que desenvolveram mostraram que o futuro da educação passará sempre por professores motivados, reconhecidos na sua dignidade e carreira e com igualdade de direitos e oportunidades.

3.Forte preocupação relativamente a uma revisão do Código do Trabalho que venha facilitar os despedimentos e a flexibilidade dos horários, mantendo os aspectos negativos nomeadamente do artigo 4º(tratamento mais favorável do trabalhador) e da caducidade das convenções.

4.Satisfação pela abertura política em Cuba e, no quadro dos Jogos Olímpicos, pelos desafios colocados à China ao nível dos direitos humanos e da necessidade em reconhecer que devem de ser os tibetanos a decidir o futuro do Tibete.
A vontade de autonomia e independencia dos povos não deve ser reprimida.deve existir sempre o diálogo e a negociação política.

5.Regozijo por mais um aniversário da Revolução de 25 de Abril.É um momento único na História de Portugal!É um momento de afirmação da liberdade que deve ser ganha todos os dias na nossa acção cívica e política.

Lisboa, 19 de Abril de 2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

domingo, 23 de março de 2008

Páscoa 2008



A Páscoa é sempre no primeiro Domingo depois da primeira lua cheia depois do equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano. Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida!
E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!). 1) A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.
2) Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos). A última vez que foi em 22 de Março foi em 1818. Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa mais cedo do que a deste ano.

A Base-Frente Unitária de Trabalhadores deseja a todos uma Boa Páscoa

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Seminário Internacional em Coimbra

“O Papel dos Parceiros Sociais e a Competitividade na União Europeia"


A solidariedade e o diálogo de boa fé entre todas as organizações de trabalhadores é uma das maiores recomendações do encontro organizado pela Base-Frente Unitária de Trabalhadores, com o apoio do Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores (EZA) e da Comissão Europeia, realizado em Coimbra de 24 a 27 de Janeiro


Ideias força do seminário


Os participantes do seminário internacional acima referido, organizado pela Base-Frente Unitária de Trabalhadores, com o apoio do Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores (EZA) e da Comissão Europeia, realizado em Coimbra de 24 a 27 de Janeiro efectuaram um frutuoso debate sobre um tema de grande actualidade a nível nacional, europeu e mundial.
A importância e actualidade do debate sobre o diálogo social foi particularmente referida nas intervenções de abertura do seminário pelos responsáveis quer do EZA quer da BASE-FUT, num contexto de uma nova etapa do projecto europeu agora relançado com o Tratado de Lisboa.

No primeiro painel, os participantes iniciaram os trabalhos com uma reflexão sobre mercado e a competitividade no contexto da globalização, sobre a concorrência e os mecanismos subjacentes, nomeadamente do jogo de oferta e procura.
Hoje, a concorrência entre economias nacionais e a nível internacional depende, em larga medida, da capacidade inovadora, da criação de produtos novos e de qualidade, da inovação nos processos de produção e de gestão, nomeadamente dos recursos humanos.

A competitividade no mercado global foi igualmente objecto de análise, destacando-se as tendências recentes do investimento estrangeiro com as multinacionais a imporem as suas condições e o papel dos actores na economia mundial que emergem com uma força avassaladora, como a India e a China, hoje elementos novos e perturbadores para o mundo do trabalho e para as organizações de trabalhadores.

Esta dinâmica, chamada de competitividade estrutural, exige às economias nacionais que sejam mais competitivas e que obedeçam a um modelo de flexibilidade e embaratecimento do trabalho, a uma fiscalidade favorável, a uma administração pública “amiga” e que mobilizem os recursos e estruturas técnico-científicas.
Ora, esta dinâmica contraria as aspirações dos trabalhadores e dos sindicatos que lutam pelo emprego, por melhores salários, pela segurança do emprego e se vêem confrontados com os despedimentos e as deslocalizações das empresas.

Para além desta faceta da competitividade, ainda se colocam outras questões a que a economia europeia tem que responder, como seja a educação das novas gerações que trabalham numa economia de serviços e de alto grau de conhecimentos, e como preparar as pessoas para uma frutuosa relação do binómio competitividade - empregabilidade.


A competitividade exige, assim, formação, qualidade de emprego, diálogo social, enfim exige uma forte dinamização social.

Com este quadro de reflexão económica e social, os participantes abordaram o diálogo social na perspectiva dos parceiros sociais.
Destacou-se o papel e importância da Organização Internacional do Trabalho que, sendo fruto do diálogo social, é um parceiro fundamental do mesmo, a nível nacional e mundial.
Esta Organização é hoje uma das principais garantias dos direitos de liberdade sindical, de organização e de negociação. Potenciar a OIT e assumir os seus valores é criar condições para o diálogo social, para a democracia e para liberdade. A OIT deve ser cada vez mais um actor fundamental de uma globalização justa.

Os participantes, embora com diferentes experiências sociais e opiniões, salientaram alguns aspectos fundamentais para que o diálogo social seja frutuoso, eficaz e elemento de progreso social.
Neste sentido, é fundamental que existam organizações com representatividade social, autonomia e vontade de dialogarem para que se obtenham resultados concretos e positivos para todos.
É importante que as partes estejam dispostas a ceder, sabendo que as organizações defendem interesses concretos dos representados.
Para além dos resultados, é importante que o diálogo social não seja uma caricatura, mas um instrumento de resolver os conflitos no sentido positivo.

Os Estados e as instâncias da UE devem ser igualmente responsáveis por um diálogo social maduro, empenhando-se activamente na criação de condições para que os parceiros se entendam, não permitindo a capitulação do mais fraco.

A negociação colectiva continua hoje a ser o centro nevrálgico do diálogo social. São necessários esforços importantes para revitalizar a negociação colectiva como elemento de dinamização da economia, da distribuição da riqueza e da efectivação dos direitos sociais.
Pelo que se passa neste domínio em Portugal, nomeadamente com a caducidade das convenções, o conflito capital-trabalho, urge ser resolvido de forma equilibrada numa perspectiva de defesa do elo mais fraco, o trabalhador.

Outros elementos são ainda fundamentais para que exista um diálogo social satisfatório: informação credível, formação de bons negociadores, estabilidade e cumprimentos dos compromissos assumidos.

No terceiro painel os participantes aprofundaram o diálogo social ao nível local, empresarial e concretamente numa grande empresa portuguesa do ramo automóvel, (Auto-Europa) com uma alta taxa de sindicalização e uma forte comissão de trabalhadores. Uma experiência excepcional no quadro português mas cheia de ensinamentos para o debate.

Efectivamente o diálogo social nas empresas enfrenta hoje grandes e novos desafios e dificuldades na maioria dos países da EU. O aspecto essencial do processo é o diálogo social, sem o qual muito pouco se pode avançar quer a nível nacional ou mundial quer a nível empresarial onde os trabalhadores podem ser protagonistas.

Constata-se que nas empresas multinacionais existem práticas diferentes. Mais a norte da Europa existem práticas de informação e consulta e, em alguns casos, de participação. A sul o quadro é diferente. A prática de informação existe em menor grau ou simplesmente não existe.

Verificou-se, todavia, que no contexto actual o diálogo social realiza-se numa posição defensiva dos trabalhadores. Defende-se o emprego, procura-se evitar o despedimento e as deslocalizações das empresas.
Com efeito, a maioria dos acordos visam a manutenção do emprego e a flexibilidade do tempo de trabalho e pequenos ou nulos aumentos salariais.
Naturalmente esta situação é muito perturbadora, nomeadamente para as organizações de trabalhadores, afectando por vezes o diálogo entre organizações de trabalhadores com estratégias diferentes ou visões menos locais e mais sectoriais.

Urge, assim, melhorar o diálogo social entre as próprias organizações de trabalhadores, urge fazer do diálogo um assunto sério e não algo insignificante para a gestão das empresas. Não haverá desenvolvimento sustentável sem esse diálogo sério, maduro que conduza à participação e convergência para o progresso económico e social.

Neste quadro, é importante procurar novos aliados para o debate e para os acordos, nomeadamente pequenas empresas e as entidades representativas das populações locais onde se inserem as empresas multinacionais, evitando que estas tenham uma atitude predadora relativamente às comunidades locais e aos trabalhadores. Isto, sem diminuir o papel essencial das organizações dos trabalhadores.

Reafirmou-se também a importância das instancias da EU no domínio do diálogo social nas empresas através do normativo comunitário relativo à livre circulação de trabalhadores, prestação de serviços, horários de trabalho e informação dada aos trabalhadores e consulta dos trabalhadores. Salientou-se a importância dos comités europeus, do seu necessário aperfeiçoamento, o alargamento de competências e extensão a todas as multinacionais.
Neste sentido, é necessário melhorar algumas Directivas, e terminar outras, assim como promover acordos-quadro europeus. Existe uma grande dificuldade inerente à existência de vários modelos sociais europeus na UE. Não se pode permitir uma harmonização pelos mínimos porque haveria uma regressão social de consequências imprevisíveis.


Por último, os participantes aprofundaram no quarto painel o diálogo social a nível macro, especialmente a importância e análise dos acordos sociais em Portugal, Espanha e Alemanha.
Pela análise efectuada o balanço não se pode considerar positivo para os trabalhadores. Em todos houve momentos positivos, grandes momentos de diálogo social e em alguns momentos verdadeiros ganhos para os trabalhadores e para as economias. Todavia, no cômputo geral, os ganhos foram muito menores que as expectativas.

Em Portugal a história de construção do macro-diálogo foi-se instituindo após a queda da ditadura. O processo não foi pacífico e eram diversas as concepções sobre o diálogo social. Foram assinados diversos pactos e acordos, nem sempre assinados por todos. Nos últimos tempos, as mudanças na legislação laboral, Código do Trabalho, a flexisegurança e a progressiva precariedade, bem como os baixos salários, estão a envenenar as relações laborais e o processo de um verdadeiro diálogo social.

A Espanha tem igualmente a sua história de diálogo social pós-franquista. O modelo dos Pactos de Moncloa marcaram historicamente o processo de diálogo social naquele país. Os sindicatos maioritários são um dos principais protagonistas de um modelo que contribuiu para o chamado “milagre económico” espanhol, realizado em grande medida à custa de uma desigual distribuição da riqueza e de uma larga percentagem de trabalhadores precários e de numerosos imigrantes sujeitos a condições de sobre-exploração.
O diálogo social não contribuiu assim para o bem comum, para a coesão, para ganhos de todos os grupos sociais, não esquecendo as classes mais pobres .

Relativamente à Alemanha, país com uma larga tradição de negociação e participação, confronta-se hoje com graves problemas ao nível do diálogo e negociação. A nível da organização sindical, que é forte e eficaz, corre-se o risco de grupos corporativos a abandonarem e negociarem sozinhos. Também a crise se alastra às organizações de empregadores que correm o risco de desaparecer. Uma situação que não ajuda a concertação e a negociação. O emprego é a questão central da negociação tripartida.

Podemos ainda constatar preocupações comuns: necessidade de fortalecer as organizações de trabalhadores, alargar a negociação colectiva, colocar sempre o diálogo social como prioridade. Todavia, não se pode aceitar a máxima de que vale mais um mau acordo do que não ter qualquer acordo.

Eis algumas das ideias que pretendem mostrar o quão rico foi este seminário internacional. A solidariedade e o diálogo de boa fé entre todas as organizações de trabalhadores é uma das maiores recomendações que podemos levar deste nosso encontro.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Transurbância na zona histórica da Covilhã: conferência, passeio e debate


Uma visita pedonal à zona histórica da Covilhã e um almoço/debate sobre o futuro do centro urbano vão ser promovidos no próximo dia 19, Sábado, pelo Movimento Cidadania Covilhã (MCC).
Após ter realizado, em Junho passado, um debate público em que residentes, comerciantes e estudantes identificaram problemas do centro da cidade, o MCC propõe agora juntar especialistas e cidadãos comuns na procura de propostas.
O evento denominado “Transurbância – A Covilhã intra e extra-muros”, terá início às 10 horas com uma conferência proferida pelo Prof. Michael Mathias, investigador do Centro de Estudos e Protecção do Património, organismo da Universidade da Beira Interior, sobre a evolução e a presença do perímetro muralhado na zona antiga da cidade. A conferência terá lugar no Ginásio Clube da Covilhã, próximo do Pelourinho e antecede um passeio pedonal agendado para as 11 horas que pretende levar os participantes a observarem e discutirem no terreno alguns aspectos da evolução e conservação da zona antiga, num percurso guiado e comentado.
O almoço/debate será novamente no Ginásio Clube e centrar-se-à em três áreas temáticas: Habitação e património; Serviços e comércio; Espaços públicos e cultura.
O evento é aberto, sem necessidade de inscrições, e visa envolver a sociedade civil no reconhecimento e discussão do centro da Covilhã, pelo que o MCC convida à participação todos os cidadãos interessados.
As pessoas que pretenderem participar no almoço devem inscrever-se até dia 17 de Janeiro através do e-mail: movimentocovilha@hotmail.com

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Jovens aderem à Base-Fut


A Base-Fut começa a reivindicar tanbém um aumento significativo do número de jovens na organização.Sabemos que nos domínios do CFTL começa a ser frequente a presença desta nova militante proposta pelo Ricardo